ATA DA QUINTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA SEXTA SESSÃO
LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 02-01-2006.
Aos dois dias do mês de janeiro do ano de dois mil e
seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às dezoito horas e quarenta e oito minutos, foi realizada a chamada
para a abertura dos trabalhos e ingresso na Ordem do Dia, sendo respondida
pelos Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica
Leal, Neuza Canabarro, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceu o Vereador Maurício
Dziedricki. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 016/05, com ressalva da Emenda a ele aposta, após
ser discutido pelos Vereadores Carlos Todeschini e Claudio Sebenelo e
encaminhado à votação pelo Vereador Carlos Comassetto. Em continuidade, foi aprovada
a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/05.
Às dezenove horas e onze minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão e da Sexta Sessão
Legislativa Extraordinária da Décima Quarta Legislatura, convocando os Senhores
Vereadores para a Reunião de Instalação da Segunda Comissão Representativa, a
ser realizada na próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelo Vereador Luiz Braz e secretariados pelo Vereador Haroldo de
Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149
do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Havendo
quórum, passamos à
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. N. 7363/05 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 016/05, que dispõe sobre a prorrogação da
autorização ao Poder Executivo para conceder redução da multa de mora para
pagar ou parcelar tributo.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB
e CEDECONDH. Relatora-Geral Ver.ª Clênia Maranhão: pela inexistência de
óbice de natureza jurídica ao Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na Ordem do Dia em 01-01-06.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
discussão o PLCE nº 016/05. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para discutir o PLCE nº 016/05.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Luiz Braz, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público presente e assistência do Canal 16, quero também aproveitar
e felicitar a todos pelo início do ano e cumprimentar, de público, o nosso
Presidente eleito, Ver. Dr. Goulart, toda a Mesa e todas as demais lideranças
de Comissões, todos os que assumem funções nesta Casa.
Eu
venho discutir este tema, porque está ali o voto da Bancada da Frente Popular,
da Bancada do Partido dos Trabalhadores, solidário, em apoio ao Governo, em
voto de confiança para que o Governo possa ter os meios de realizar o Governo.
Isso nós temos feito enquanto Bancada de oposição, pois a maior parte dos
projetos nós temos votado favoravelmente para que o Governo possa, como Poder
Executivo, fazê-lo.
Hoje,
de manhã, nós vimos a manifestação de um fenômeno, que nós já denunciamos aqui,
Ver. João Dib, por ocasião da Lei Orçamentária: a Cidade ficou embaixo d’água.
Ruas que nunca alagavam na cidade, alagaram, como a Érico Veríssimo, que tinha
quatro pontos de alagamento intransitáveis.
Quando
nós discutimos o Orçamento, o que nós vimos é que para o DEP não tem recursos,
para os serviços de manutenção, para aplicar em conservação, Ver. Nedel,
contrariando a lei de criação do DEP.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver. Todeschini, eu peço, por favor, que
V. Exª se atenha à discussão do PLCE nº 016/05, para que possamos levar à
frente esta matéria.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Pois não. Estou dizendo que nós estamos
discutindo o tema e que vamos votar favoravelmente. Agora, o que não dá para
admitir são as formas autoritárias; é não dar ouvidos para quem quer colaborar,
e depois deixar a Cidade toda alagada: apartamentos, casas, automóveis. Hoje
foi um caos nesta Cidade, o que demonstra a falta de Governo. E aí não queiram
me cassar a palavra. (Manifestações no Plenário.) Vou perguntar para o povo da
Cidade o que é que está pensando.
Vejam
o que aconteceu hoje de manhã. Isso não foi mera obra dos céus ou das nuvens
carregadas. É falta de trabalho, é falta de competência! E nós temos dado as
condições para que o Governo governe. Agora, o Governo ainda não disse a que
veio.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Todeschini, nós dois já fomos responsáveis pelo esgoto
pluvial desta Cidade. Na primeira vez que fui Diretor do DMAE, o pluvial era feito
pelo DMAE. Então, nós conhecemos bem. Hoje, a chuva foi de forma excepcional.
Aqui na Érico Veríssimo choveu 109 milímetros, enquanto lá na Vila Floresta, do
nosso ex-Presidente Elói Guimarães, choveu apenas 10 milímetros. Então, foi
chuva localizada em volume maior do que aquele de dezembro. Na realidade, hoje
o problema foi localizado. E por isso que em locais em que não havia
alagamentos, aconteceu isso. Na Érico Veríssimo acontecia alagamento no passado
também.
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Quando chovia, na nossa gestão, aí a chuva não importava. Mas o
Ver. Dib, certamente numa próxima gestão nossa, terá essa mesma compreensão.
Muito obrigado.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado Ver. Raul Carrion. E a próxima
explicação qual será? Será uma chuva maior do que a de hoje? Eu quero dizer que
da forma como está sendo administrada a Cidade, nas próximas chuvas, vai
continuar alagando, e não venham me dizer que a chuva vai ser maior do que foi
hoje, porque esta chuva foi maior do que a passada. Estou discutindo, sim, é
assunto pertinente, Ver. Haroldo de Souza, porque a Cidade precisa ser cuidada;
ela tem as condições, tem os recursos, tem o dinheiro, mas falta competência.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Vou pedir aos
Srs. Vereadores que, ao ocuparem tribuna, falem a respeito do PLCE nº 016/05,
pois é para isso que ela está liberada, para que os Srs. Vereadores possam
fazer essa discussão. Para outras discussões temos outros espaços neste
Plenário.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para
discutir o PLCE nº 016/05.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, acho que ainda não vimos tudo, Ver.
Nereu D’Avila. Levamos 16 anos aqui com o pior DEP da história desta Cidade,
com um orçamento de 12 milhões para toda a Cidade, em todos os anos. Houve
cinco mortes na Av. Nilo Peçanha e na Av. Teixeira Mendes, Vereador,
demonstrando uma incompetência histórica nesta Cidade, que foi o DEP dos 16
anos de PT!
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Ver. Claudio Sebenelo, estou
parando seu tempo e vou pedir-lhe, assim como pedi ao Ver. Carlos Todeschini,
que, por favor, atenha-se ao PLCE nº 016/05, que é o que está em discussão.
Solicito aos Srs. Vereadores que usem o tempo de Liderança para falar sobre
outros temas. O tema que está em discussão é o PLCE nº 016/05, e peço, por
favor, que se fale sobre ele.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Pois não, Sr. Presidente.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero lembrar o Ver.
Carlos Todeschini que quando ele era Diretor do DMAE, até de jet-ski se andava
na Av. Goethe.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Muito obrigado pelo aparte. É interessante que
agora a presença do Refis, o refinanciamento, essa dilatação de prazo que está
sendo pedida vai possibilitar uma arrecadação para um desafogo no primeiro
ano que foi insuportável à Prefeitura - navegar pela água encapelada da falta
completa de dinheiro. Esse rombo, esse déficit que foi gasto no “Cidade Viva”,
a famosa Cidade virtual, a Cidade que nós nunca vimos, - aliás, vimos na
televisão, mas nada compatível com a verdadeira Cidade -, é uma forma de
arrecadação para repor um mínimo do rombo imenso com o qual recebemos o Caixa
da Prefeitura, assim como recebemos, também, Verª Clênia Maranhão, e não vamos
esquecer disso, deletadas todas as informações dos computadores, uma das
questões do Refis está diretamente ligado as questões de informática. Houve um
prejuízo, um desserviço para esta Cidade, incrível, que agora começa a ser
corrigido com atitudes inteligentes, com a diminuição, inclusive, do valor e
das multas. Então, deixa de ser empecilho para pagamento, e agora, sim, o prazo
do refinanciamento, o prazo do acordo que pode ser feito amplo, disseminado,
democrático, competente, trazendo para as burras da Prefeitura um dinheiro que
é indispensável à correção dessas deformidades, esses verdadeiros alejumes
administrativos encontrados pela atual Administração e que, por uma questão de
educação, por uma questão de finesse política, o Prefeito Fogaça tem-se
negado a criticar a forma como recebeu e o período administrativo anterior, o
mesmo erro cometido pelo Governador Rigotto.
Se dissessem a forma como receberam o Estado, como
receberam a Prefeitura, hoje nós não teríamos necessidade deste Projeto, que é
muito bom, que favorece a todos, especialmente as pessoas mais pobres, e que
têm condições, inclusive, na forma do refinanciamento, de fazer com que não só
as propostas bilaterais sejam aceitas e as Emendas, inclusive propostas,
talvez, até dilatem esse prazo, mas principalmente fazer com que o
contribuinte, saindo de sua casa e indo às tesourarias do Município, faça com
que nós tenhamos uma administração
muito mais próxima, não da cobrança, mas do acordo; não da imposição, mas da
negociação.
Isso que é importante e este Projeto simboliza
muito bem a idéia de um Estado, de um Município voltado aos interesses da sua
população, e não um Município impositivo e, mais do que isso, criando
dificuldades nas relações dos munícipes com o Paço Municipal.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Não há mais
quem queira discutir. Em votação o PLCE nº 016/05. O Ver. Carlos Comassetto
está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 016/05.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Inicialmente,
meus cumprimentos à nova Mesa que assume, ao Dr. Goulart e ao Ver. Luiz Braz,
que preside os trabalhos neste primeiro Projeto a ser votado. Queria dizer que
esta Sessão deve ser simbólica e servir de orientação para o trabalho de 2006, porque
creio que deveremos produzir em 2006 ainda mais do que produzimos em 2005.
Quero dizer que quando queremos discutir e votar, nós assim o fazemos, a
exemplo do que estamos tratando hoje na Casa, Sr. Presidente Braz.
Dito
isso, quero falar aqui do Projeto em discussão. É verdade que já aprovamos a
prorrogação para o refinanciamento das dívidas do ISSQN e IPTU, e a nossa
Bancada irá novamente votar a favor deste Projeto, a Bancada do Partido dos
Trabalhadores. Mas não posso aqui deixar de comentar, porque quando nós votamos
e aprovamos um Projeto que é para qualificar e melhorar a arrecadação
municipal, Verª Clênia, como já foi dito - já ingressaram nos cofres públicos
municipais 65 milhões, motivado pela Lei que aqui aprovamos -, nós precisamos
dizer que a gestão para dar sustentação e o relacionamento com a sociedade
continua fraco e empobrecido, Ver. Sebenelo.
Quero
fazer um contraponto aqui, porque foram vergonhosas as filas que se instalaram
na Secretaria Municipal da Fazenda e que davam voltas no quarteirão, com todo
aquele calor, e não houve uma efetiva orientação das equipes para que
atendessem dignamente àquelas pessoas que lá estavam na fila, querendo
contribuir com a administração pública municipal.
Portanto
nós aprovamos, aqui, e, de pronto, assinamos, em conjunto com o Ver. João Dib,
dizendo que essa prorrogação não deverá ser somente de dez dias, do dia 09 ao
dia 20 de janeiro, porque, nesse período, nós sabemos que a grande maioria dos
porto-alegrenses está no seu período de férias e que isso é prejudicial, mas
que possa ser prorrogado por mais 120 dias, para que nós possamos entrar no ano
letivo, ou a possibilidade de entrarmos em março com essa prorrogação ainda
estabelecida, para que as pessoas, após a utilização de seus períodos de férias,
possam vir aqui e ainda ter esse benefício e contribuir com a administração
pública municipal.
Porém,
Verª Clênia Maranhão e Ver. Professor Garcia, do Partido do Sr. Prefeito
Municipal, José Fogaça, as filas que se formaram em torno da Secretaria da Fazenda
não podem se repetir, e não houve uma qualificação desse atendimento às
populações que lá estavam enfrentando quase 40 graus, no sol. Muitas pessoas
tiveram de brigar, no final do expediente, para poder receber senhas para que
fossem tratadas de uma maneira diferente, pois já estavam nas filas há mais de
quatro horas. Isso é desumano!
A
segunda questão que eu gostaria de abordar é que, pessoalmente, liguei para o
Secretário Tatsch e informei que sua equipe estava dando informações e
orientações equivocadas. Justifico aqui para dizer o que houve. Foi lá um
contribuinte para acertar suas dívidas do ISSQN - Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza -, e a pessoa que o atendeu somente fez o Refis do ano de
2003, e não quis fazer do ano de 2004 e 2005, que ele queria pagar também, ou
melhor, acertar. Então, a orientação
que as equipes da Fazenda repassaram aos contribuintes é equivocada; isso não é
só para o ano de 2002, mas para todos os anos subseqüentes ou que estavam em
dívida com o Município, tanto do IPTU quanto do ISSQN. Então, nesse sentido,
nós votaremos a favor da proposta do Executivo Municipal bem como da Emenda do
nobre Ver. João Antonio Dib - a nossa Emenda -, no sentido de também dilatar
mais não somente dez dias, mas para que permita que as pessoas, ao voltarem do
período de férias, ainda possam fazer as suas contribuições.
Segunda questão à gestão: as filas não podem ser
desumanas como foram nesse primeiro momento, e também a cobrança não é só para
um ou dois anos, mas para todo esse período. Isso precisa ser corrigido. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Em votação o PLCE nº 016/05. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLCE nº 016/05.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 19h11min.)
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